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BIOLOGIA DAS TRAÇAS

 

         

          A traça é a larva da borboleta (Lepidópteros) que, segundo a espécie, se desenvolve em ambientes variados, trazendo danos à várias coisas: trajes, tapetes, cereais, árvores frutíferas.

          As traças fazem parte dos insetos domésticos. São pequenas borboletas de asas sutis que fazem breves voos. As traças no estado de borboleta que vemos voarem em nossas cozinhas, armários, despensas, depósitos em geral, não constituem o maior problema de infestação, pois tratam-se de traças fêmeas que já depositaram seus ovos, ou de traças machos que já concluíram seu ciclo de reprodução. Porém, certamente outros machos e outras fêmeas escondidos permanecerão se reproduzindo caso não haja intervenção.

   Os verdadeiros responsáveis pela infestação das traças são as larvas dotadas de um aparato mastigador com mandíbulas muito desenvolvidas com as quais provocam danos grandes nas nossas casas, armazéns e estabelecimentos.

            As traças se diferenciam em duas categorias: Traças dos tecidos e Traças dos alimentos:

Traça de Tecido (Tinea pellionella) 

             

 

 

 

 

 

Traça de Alimento (Plodia interpunctella)

 

             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lepisma saccharina

         

 

 

 

 

 

 

 

Aparência 

              O comprimento de um lepisma, não incluindo seus membros, é de aproximadamente um centímetro. Seu brilho metálico deve-se às escamas prateadas que surgem após a terceira muda.

Desenvolvimento

          Dependendo de sua condição de vida, o lepisma demora de quatro meses a três anos para atingir o estágio adulto. À temperatura ambiente, seu pleno desenvolvimento requer um ano. Sua vida pode durar entre dois e oito anos. Um lepisma que viva todo esse período pode sofrer aproximadamente oito mudas, apesar de elas poderem acontecer até quatro vezes ao ano, já que ele cresce constantemente.

Alimentação 

          Os lepismas se alimentam à noite e pertencem ao pequeno grupo daqueles que possuem a enzima celulase.

          Os lepismas preferem alimentos ricos em amido ou polissacarídeos como a dextrina dos adesivos: cola, encadernações de livros, fotos, açúcar, cabelo, caspa e sujeira. Também podem consumir algodão, linho, seda, fibras artificiais e até mesmo insetos mortos e a pele das mudas.

          Num período de fome, os lepismas podem estragar artigos de couro e pano de fibras artificiais. Em casos extremos, os lepismas são capazes de sobreviver sem se alimentar por vários meses e até um ano.

          Eles são corretamente chamados de traças no Brasil pois causam danos a roupas, apesar dos danos serem bem pequenos.

Reprodução

          Devido à sua natureza noturna, a reprodução dos lepismas só foi estudada recentemente. Estes precisam de um lugar úmido para se reproduzirem. Como no caso de alguns escorpiões, o macho coloca um saquinho ou cápsula fertilizante chamado espermatóforo no chão. O macho e a fêmea correm excitadamente durante todo o processo até que a cápsula seja recolhida pela fêmea.

Predadores 

          O principal inimigo natural dos lepismas é a tesourinha (Dermaptera). As aranhas também são suas inimigas, mas não muito bem sucedidas já que os lepismas ficam a maior parte do dia em seus esconderijos.

Medidas preventivas para evitar traças

          Tratando-se de Lepidópteros, ou seja, insetos que voam, a infestação da traça pode chegar do externo em nossas casas e nos depósitos e armazéns, mas também através de material, seja alimentar que tecido animal, já infestado.

              Portanto, ao prevenir uma infestação de traças o primeiro interventor útil consiste em um atencioso controle de peças de roupas ou outro material que entra no ambiente em qual vivemos.
              As traças são insetos que preferem uma temperatura quente-úmida, então uma estratégia útil é colocar tecidos e roupas em locais limpos e desinfestados, e em ambientes de baixa temperatura, areados e secos.
              As larvas se nutrem de queratina, mas precisam também de gordura que encontram nos tecidos não adequadamente limpos para sobreviverem. Por isso, uma ação preventiva consiste em colocar os vestuários limpos e lavados ou então escovar o pó deles, estendendo-os ao ar livre, usando um desengordurante sobre as partes como os colarinhos e punhos onde as larvas das traças podem encontrar a gordura da qual necessitam. Outras dicas são usar recipientes de plástico para protegê-los no tempo, usar telas mosquiteiras e lâmpadas de luz UV que capturam os insetos adultos. 
              Restam, entretanto, de fundamental importância para a proteção completa dos nossos indumentos o uso de produtos anti-traças. Existem produtos químicos e também naturais como a lavanda, a menta, o cedro (essências) que não são nocivos e tóxicos (como é o caso das tradicionais cânfora e naftalina). Adicionalmente, a cor amarela também é um ótimo anti-traça.

              Por fim a limpeza cuidadosa e a remoção do pó constituído de fibra de lã, pelos de peliça, seda e algodão sobretudo nas empresas que trabalham com estes materiais. O controle, sobretudo na primavera, é quase que indispensável para verificar eventuais presenças de borboletas das traças ou das larvas.

Métodos de Controle - Desinsetização

  • Tratamento Localizado;

  • Micropulverização;

  • Nebulização;

  • Spray;

  • Gases Tóxicos.

É a traça da lã, das peles e dos panos, pertencentes à família dos Tineidae. A dieta das suas larvas é constituída de queratina, substância que encontram sob os substratos orgânicos: peles, plumas, pelos de ovelhas, alpacas, lã com uma particular preferência pelo cashmere, mas também seda e, às vezes, fibras vegetais como o algodão.

Ciclo de Vida

             As fêmeas das traças depositam diretamente sobre os materiais onde as larvas poderão nutrir-se. O tempo necessário para o desenvolvimento completo da traça ao estado larval é de 2-3 meses.           

          Neste período, a traça cria um refúgio construído cortando os pelos na base que depois une com uma baba sedosa. Neste casulo, que cresce na mesma medida com que cresce a larva (1cm cerca) se desenvolve a crisálida.

             A temperatura ótima para o desenvolvimento das traças é de 25°C e uma umidade de 75%, e em um ano podem desenvolver-se 2 ou 3 gerações.

          Este é o nome verdadeiro da traça do alimento, que são aquelas borboletinhas que se encontram nas pequenas e grandes despensas, mas não são consideradas verdadeiras traças.                   

          Atacam alimentos como farinha, legumes, espécies, chá, arroz cereais etc, e a sua dieta não é a base de queratina. Esta categoria de traça está presente em todo o globo terrestre.

Ciclo de Vida
          O ciclo vital da traça do alimento inicia em março e termina no mês de outubro. A fêmea desta traça deposita cerca de 300 ovos e o desenvolvimento das larvas dura 41 semanas, durante as quais se nutrem e metabolizam tudo aquilo que encontram na despensa, infestando qualquer coisa e são capazes de se infiltrar também nos recipientes herméticos.

          Conhecida popularmente como peixinho-de-prata ou ainda traça (bicho- da-prata ou apenas lepisma em Portugal), é um inseto desprovido de asas que se alimenta de carboidratos como açúcares e amido.

          Pertence à ordem Thysanura e existe há cerca de 300 milhões de anos. Este inseto não deve ser confundido com as traças (mariposas) pertencentes à ordem Lepidoptera.

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